Américas

Sobre o Autor

Alberto Pincherle Moravia nasceu em 28 de novembro de 1907, em Roma. Na infância, permaneceu quase dois anos internado num sanatório em Cortina d'Ampezzo, para tratar uma tuberculose óssea. Em 1929, publicou Os indiferentes, romance que publicou em 1929. Entre 1930 e 1935 publica Inverno di malato (1930), na revista Pegaso. Entre 1931 e 1932 esteve em Londres, onde conheceu alguns membros do grupo Bloomsbury. Inicia um período de grandes viagens entre 1935 e 1939, quando nascem os primeiros relatos, para a Gazzetta del Popolo. Entre 1935 e 1936 vai para Estados Unidos e México, e em 1937 viaja à China, e depois à Grécia, dois anos depois. Em seu retorno à Itália, passa longos períodos em Anacapri com Elsa Morante, que conhecera em Roma em 1936. Colabora com Perspectivas, revista dirigida por Curzio Malaparte, e publica I sogni del pigro e A mascarada em 1941. Em abril do mesmo ano, casa-se com Elsa Morante. Entre 1943 e 1944, a editora Bompiani publica suas coleções de contos L'amante infelice e L'epidemia, além do romance curto Agostino. Em 1943, ao descobrir que seu nome está em lista de perseguidos pelo nazismo, escapa de Roma com Elsa Morante. Eles encontram refúgio numa casa de campo nas montanhas de Fondi, na cidade de Sant'Agata. Após a Libertação, vão para Nápoles e de lá voltam para Roma. A partir de 1945, para sobreviver, escreve artigos e roteiros, além de colaborar com programas radiofônicos. Entre 1947 e 1952 saem os romances A romana, A desobediência e O conformista, que em 1970 seria filmado por Bernardo Bertolucci. Nessa época, colabora com jornais e revistas como Il Mondo, Il Corriere della Sera e L’Europeo. Em 1953 funda a revista Nuovi Argomenti. Em 1955, conhece Pier Paolo Pasolini e começa a colaborar como crítico de cinema na revista L'Espresso. Publica La ciociara (1957) – filmado por Vittorio De Sica em 1960 – e La noia (1960, Prêmio Viareggio), entre outros. Viaja para Egito, Japão, Estados Unidos, Irã e Brasil, e entre 1961 e 1962 conhece a Índia, na companhia de Pier Paolo Pasolini e Elsa Morante, experiência da qual nasce Uma ideia da Índia (1962). Logo depois separa-se de Elsa Morante e passa a viver com Dacia Maraini, que conheceu em 1959. Publica O autômato (1962). Em 1966, com Enzo Siciliano e Dacia Maraini, dá vida à companhia de teatro Porcospino. Em 1984, como intelectual independente, elege-se para cadeira no Parlamento Europeu (1984-89). Dois anos depois casa-se com Carmen Llera. Publica O homem que olha (1985) e L' angelo dell'informazione (1986), além de L' inverno nuclear (1986), Passeggiate africane (1987), Viagem a Roma e La villa del venerdì (1990). Em 1990 morre em sua casa, em Roma, em 26 de setembro. (Excertos do Fondo Moravia)