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Devoção negra

Devoção negra

Santos pretos e catequese no Brasil Colonial

Anderson José Machado de Oliveira

Preço normal R$ 134,00
Preço normal Preço promocional R$ 134,00

A obra se insere em amplo processo de renovação da historiografia dedicada à religiosidade negra. É analisada a devoção a santas e santos pretos, em especial a Santa Efigênia e a Santo Elesbão, usada pela Igreja católica como forma de dominação religiosa para viabilizar a cristianização dos africanos e seus descendentes no Brasil colonial. Prefácio por Ronaldo Vainfas.

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o livro

O livro resgata as apropriações feitas das histórias, até certo ponto lendárias, de Santo Elesbão e de Santa Efigênia. Ele teria sido imperador na Etiópia, por volta do século VI da Era Cristã; ela, uma princesa nascida na Núbia que teria vivido à época apostólica. A releitura da vida desses santos, como demonstra o autor, ocorreu, no século XVIII, por meio da escrita do frade carmelita Frei José Pereira de Santana que enxergou nesses expoentes da santidade africana exemplos que poderiam servir como meio de evangelizar a imensa população de africanos e seus descendentes – escravos e libertos – no Brasil colonial. Em que pese a proposta de conversão cristã e o seu relativo sucesso, o livro também analisa como africanos e seus descendentes se apropriaram da figura desses santos, por meio do seu culto em irmandades religiosas, com o objetivo de construir símbolos de identidade que buscavam afirmar relativa autonomia em meio a uma sociedade marcadamente escravista e católica. Anderson Oliveira recusa a leitura simplista dos sincretismos religiosos como dissimulações para explicar as vivências das devoções, apresentando-as como arranjos complexos envoltos em conflitos e negociações, transitando entre o projeto evangelizador, a vivência do catolicismo por africanos e seus descendentes e a recriação de traços de diversas culturas de origem africana em um novo ambiente histórico.

Assim, a obra traz a práxis da religião, no século XIII, a partir do culto de santos cristãos, sobretudo pela ordem das Carmelitas e pelos Franciscanos, como forma de dominação religiosa. No entanto, como argumenta, o autor, as confrarias cristãs, por trás das hagiografias dos santos, ocultavam uma fiel devoção dos negros, principalmente minas, a essas “divindades”. Não se trata do “sincretismo religioso”, mero decalque, mas de um verdadeiro “trato fiduciário”, pelo qual professam sua própria fé por intermédio de eminências cristãs negras – como Santo Elesbão, Santa Efigênia, N. S. da Boa Morte ou N. S. do Rosário dos Homens Pretos.

Sobre o Autor

Anderson José Machado de Oliveira é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atua como professor associado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

ficha técnica

ISBN

978-65-5590-009-5

Número de páginas

358

Peso unitário

547 g

Dimensões

26.0 cm • 19.0 cm • 2.2 cm

Prefácio

Ronaldo Vainfas

Projeto Gráfico

Raul Loureiro

Idioma

Português (Brasil)

Encadernação

Brochura

Edição

1a. edição

Lançamento

29 de abril de 2025